Sob ataque há 13 dias, Santa Catarina já contabiliza 91 atentados criminosos em 28 municípios. Num deles, como que decididos a afrontar, os bandidos tocaram fogo num automóvel estacionado no Centro Administrativo, sede do governo do Estado. A despeito de tudo isso, o governador catarinense, Raimundo Colombo (PSD), ainda não se convenceu da necessidade de requisitar ajuda federal.
Embora já não descarte pedir socorro, Colombo hesita: “A Força Nacional de Segurança será utilizada, se for o caso, em atuações específicas”, disse, em entrevista ao repórter Felipe Pereira. Nesta segunda (11), o governador interrompeu o feriadão do Carnaval para reunir-se com o comando da Polícia Militar. No gogó, transmite uma segurança que destoa da insegurança que o assedia.
Colombo falou no gerúndio sobre a ação dos criminosos na sede do governo: “A polícia está investigando e vai esclarecer, como todos os outros [ataques].” Não achou que esse atentado foi simbólico? “Estamos dando a resposta e vamos continuar com vigor, independentemente de onde eles estiverem atacando”, desconversou.
Há cinco dias, após reunir-se em Brasília com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), Colombo descartara a requisição de forças federais. Disse que não haveria mais do que 100 homens à disposição. O que seria insuficiente. Cardozo o desdisse. Informou que enviaria a Santa Catarina o efetivo que fosse necessário. E o governador: “Falei um número aleatório. Nós temos a melhor relação com o ministro, falamos por telefone todo dia.”
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