sábado, 23 de fevereiro de 2013

Lula vira "bombeiro" da aliança pro-Dilma 2014

     Além de lançar a recandidatura presidencial de Dilma Rousseff e de prontificar-se a correr o país em pré-campanha, Lula tornou-se uma espécie de ‘bombeiro’ da aliança partidária governista. Age para isolar os aliados desencapados e conter as desavenças mais acesas. Nos próximos dias tentará reparar um curto-circuito que ele próprio causou. Envolve a composição da chapa de Dilma.

      Lula passou as últimas semanas estimulando a especulação segundo a qual não considerava absurda a ideia de desligar da tomada em 2014 o vice Michel Temer (PMDB). O plano era apagar o arroubo presidencial do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) oferecendo-lhe a segunda posição na chapa. Deu errado.

      Eduardo Campos não deixou transparecer nenhum entusiasmo. E o governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), que ficará desempregado no ano que vem, entrou na fila. Antes que a autoridade de Temer fosse eletrocutada, sobreveio um recuo. Na próxima quarta-feira (27), Lula deve jantar com Cabral no Rio.

Nessa conversa, que será testemunhada pelo prefeito carioca Eduardo Paes, a vice será retirada do horizonte de Cabral. No dia seguinte, Lula voará para Fortaleza. Ali, animará um seminário do PT e se encontrará com o governador cearense Cid Gomes (PSB), contrário à candidatura presidencial de Eduardo Campos.

Lula fará mais: irá encontrar-se com Temer –na casa dele ou no escritório em São Paulo. De resto, defende longe dos refletores que Dilma dê um jeito de acomodar na Esplanada o PMDB de Minas Gerais, cuja bancada já apelidou Temer de ‘Rainda da Inglaterra’ e ameaça bandear-se para o lado do tucano Aécio Neves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário