sábado, 2 de março de 2013

PMDB consolida votação de força


               Partido político que só ambiciona o poder erra o alvo. Partido que não ambiciona o poder vira alvo. O PMDB encaixa-se no segundo tipo. É prisioneiro de um paradoxo: maior partido do país, escolheu ser subalterno. Há quase duas décadas que não lança um candidato à Presidência da República.

               No momento, o PMDB atravessa uma quadra inusitada. Ocupa três poltronas na linha sucessória já dispunha da vice-presidência da República, e acaba de amealhar as presidências do Senado e da Câmara. A despeito disso, a maioria dos representantes do PMDB no Legislativo acha manda pouco e influi quase nada no governo de Dilma Rousseff.

                Respira-se nas bancadas do PMDB no Legislativo uma atmosfera conhecida. Sabendo que Dilma prepara-se para “ajustar” o ministério, os parlamentares do PMDB pedem, eles reivindicam, eles exigem. É a velha tática do ‘levanta-que-eu-corto’. Recusando-se a saciar os apetites, Dilma logo receberá o troco. Quando ela der por si, os votos do PMDB já estarão gritando ‘NÃO’ no painel eletrônico.

               Vivo, Charles Darwin diria que o PMDB é a prova de que o ser humano parou de evoluir. Faz o caminho inverso, rumo às cavernas. Já teve a cara de Ulysses. Ficou parecido com Sarney.
                

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